Aqui vai o Quarto Volume...
Desfrutem...!
01 Barrinha - Adeus Papai, Adeus Mamãe
02 Sulino & Amarito - Nos Braços da Saudade
03 Lourenço & Lourival - Canga Do Tempo
04 Tião carreiro & Pardinho-Rick & Renner-A Mão Do Tempo
05 Ney & Nando - Crime de Amor
06 Zico & Zeca - Folha Seca
07 Marcos Violeiro & Adalberto - O Vai e Vem do Carreiro
08 Pardinho & Pardal - Chuva de Pranto
09 Salim & Zé Vitor - Encruzilhada da vida
10 Duo Glacial - Metade De Mim (José Fortuna-Paraiso)
11 Carlos Cezar & Cristiano - Escola de Peão
12 Carreiro Filho & Praense - Por Que
13 Chystian & Ralf - Piscina
14 Eli Silva & Zé Goiano - Travesseiro Vazio
15 Tibagi & Amaraí - Minha Terra Distante
16 Roberto Nunes - Coração de Homem
17 Mococa & Paraíso - Mãe Terra
18 Zé Fortuna & Pitangueira - Cavalo Branco
Algumas Pérolas Poéticas deste Volume:
"Desce a noite silenciosa, cai o sereno nas rosas, surge a lua lá na serra,
Mamãe...! Vou partir agora e quando raiar a aurora eu estarei noutras terras.
Adeus, oh terra querida, onde eu tive nesta vida os primeiros sonhos meus.
Adeus serras e campinas, rios de águas cristalinas, adeus, papai e mamãe, adeus!"
Adeus Papai, Adeus Mamãe
"Mais além nós avistamos a nossa querida infância
A escolinha onde estudamos nos bons tempos de criança
Nós vemos nossa inocência tão pura igual a fonte
A pensar que o fim do mundo era ali no horizonte."
"E nessa divagação a nossa mente se cansa
E para pra descansar no céu azul da lembrança
Neste instante o sono chega e tudo se desvanece
E nos braços da saudade, chorando a gente adormece."
Nos Braços da Saudade
"Todos temos nossa canga, mas nós não vemos, puxando a pesada carga da solidão...
Até que o carro da vida um dia para, no lamaçal sem saída do coração."
Canga Do Tempo
"Vai lembrança e não me faça querer um amor impossível
Se o lembrar nos faz sofrer esquecer é preferível.
O que adianta querer bem alguém que já foi embora,
É como amar uma estrela que foge ao romper da aurora."
A Mão Do Tempo
"E uma injeção de terrível veneno, no braço da esposa aplicou a chorar
Enquanto injetava o veneno dizia: “agora meu bem você vai descansar”
E olhando no rosto da esposa foi vendo, seus olhos parando e cobrir-se de um véu
Qual duas estrelas perdendo seu brilho, cobrindo-se aos poucos com as nuvens do céu"
Crime de Amor
"A folha seca cai na mata verdejante e é levada bem distante do ramo em que nasceu
O meu destino é igual à folha seca por também viver distante de um amor que já foi meu"
Folha Seca
"No vai e vem, que o mundo dá
Vai o seu rastro rabiscando pedras e areiões
Dois riscos só deixam no pó, e o orvalho tremulando sobre mil botões
Igual o sol passa por nós e a tarde deita no poente para repousar
Solta a boiada de estrelas cintilantes, ruminando lá distante pelos campos do luar."
O Vai e Vem do Carreiro
"Não deixe o pranto afogar os sonhos do nosso amor
O pranto é chuva que cai das nuvens do coração
Pingando lento das folhas mortas do desengano
No céu escuro em nossas noites de solidão.
Vivemos longe, mas na lembrança estamos pertos
Perto dos beijos que nós trocamos em nosso adeus
Ainda sinto todo o calor acariciante
Daqueles beijos queimando em brasa os lábios meus."
Chuva de Pranto
"Quando um dia os teus olhos, morena, vir chorando essa vida acabar
E olhando o passado distante, do que foi só nos resta lembrar
Esta é a encruzilhada da vida, onde todos devemos passar
E talvez nesse fim de caminho, nós dois bem velhinhos, vamos se encontrar"
Encruzilhada da vida
"É você a metade mim que não deixa meu corpo cair
O alicerce onde apoio meus pés, minha própria razão de existir."
Metade De Mim
"Páginas verdes de meu livro aberto, são as campinas onde o gado espalha
Se o berrante repicar errado, pro berranteiro é uma grande falha
Do boiadeiro o professor é o tempo, porque o tempo é o melhor ensino
O mundo é a sala e os caminhos longos, riscos de giz na lousa do destino."
Escola de Peão
"As folhas sem vida que o vento arrasta beirando a piscina
Bem prova o desleixo do triste abandono de quem vive ali
Eu também sou folha varrida com a longa vassoura do tempo
Só seco a piscina no sol da saudade do amor que perdi."
Piscina
"No grande leito do mundo repousa meu abandono
No colchão da solidão eu não consigo ter sono
O cobertor da saudade não aquece o meu frio
Pra lembrar mais do passado,
Hoje só resta ao meu lado um travesseiro vazio."
Travesseiro Vazio
"Sombras de saudade guardo em minha mente
De um feliz passado que não volta mais.
Vivo mergulhado na desesperança
Porque a distância solidão me traz...
Vim pelos caminhos do deserto imenso
Que são os meus dias de cruel penar.
E o vento ingrato dos meus desenganos
Apagou meus rastos e eu não sei voltar."
Minha Terra Distante
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