sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Tributo a José Fortuna - 05



Aqui está o Quinto Volume...

Só Preciosidade


01 Barrinha - Saudade de Mãe (Poema)

02 Mococa & Paraíso - Saudadona

03 Geraldo Viola & Dino Guedes - Teu Nome tem Sete Letras

04 Zé Carreiro e Carreirinho - Despedida De Solteiro

05 Sulino & Marrueiro - Dois Mundos (Sulino-Zé Fortuna)

06 Camões & Camargo - Quarto Solitário

07 João Mulato & Douradinho - Roupas No Varal

08 Barrerito - Juventude que perdi

09 Marechal & Rondon - De Que Adianta

10 Matogrosso & Mathias - 24 Horas De Amor

11 Rouxinol & Sabiá - Minha alma no sertão

12 Duo Ciriema - Um Litro De Mé, Uma Noite De Amor

13 Pedro Paulo & Tião Lourenço Partic. de Pitangueira - Meu Amigo Violão

14 Jorge Luiz & Fernando - Conselho de Pai

15 Antonio Zeni & Ze Aragão - Cheiro de Relva

16 João Paulo & Daniel - Sertão

17 Zé Fortuna & Pitangueira - Duas sombras

18 Carlos Cezar & Cristiano - O Homem e a Natureza (Five Hundred Miles)


Pérolas Poéticas do Volume:


"Saudadona"

É mais do que saudade

É a grande dor que invade

O coração da gente

Vem de longe

De um tempo esquecido

Passado refletido

No espelho do presente

São raízes

No chão dos desenganos

Brotadas pelos anos

De um adeus para sempre

Ela chega

Quietinha sem alarde

Quando o sol da tarde

Desmaia no poente."


Saudadona


"Quem tem seu amor distante alegre não pode ser

ninguém sabe que eu canto somente para esquecer"


Teu Nome tem Sete Letras


"Pra enfrentar a nova vida levo junto a minha amada

A flor que na mocidade do jardim foi apanhada

Vamos seguindo juntinhos e quando a vida cansada

Nos destruir como a rosa pelo vento desfolhada

Juntinho também seguimos pra derradeira morada."


Despedida De Solteiro


"A imensidão que separa teus olhos dos olhos meus

É como o sol de dois mundos desintegrados por Deus"


Dois Mundos


"No meu quarto solitário de solteiro,

 Da janela semiaberta  por desleixo, 

 Entra o vento desfolhando a rosa branca

 Que no vaso da mesinha sempre deixo.

 Desfolhado também vive o meu destino,

 Pelo vento da ilusão que me apavora,

 Neste grande temporal dos desenganos,

 Me preocupo com você que está lá fora"


Quarto Solitário


"De que adianta contemplar os campos verdes

Se o verde da esperança

No meu peito já secou

De que adianta aguardar pelo futuro

Se o barquinho do presente

No passado naufragou"


De Que Adianta


"Isto tudo é "Faz de Conta", faz de conta que eu não vim

E nas asas da saudade, vou buscar tudo pra mim

Faz de conta que a avenida, onde passa multidões

É a boiada caminhando, nas estradas dos sertões."


Minha Alma no Sertão


"Um litro de mé e uma noite de amor

Um fim de orgia, começo da dor

De novo sozinho meu corpo é tão frio

Igual o cristal deste copo vazio"


Um Litro De Mé, Uma Noite De Amor


"Cheiro de relva traz do campo a brisa mansa que nos faz sentir criança a embalar milhões de ninhos

A relva esconde as florzinhas orvalhadas quase sempre abandonadas nas encostas do caminho

A juriti madrugadeira da floresta com seu canto abre a festa revoando toda a selva

O rio manso caudaloso se agita parecendo achar bonita a terra cheia de relva."


Cheiro de Relva


"Ser sertão é emprestar seu corpo agreste,

Para ser retalhado por caminhos,

Borboletas nas barrancas dos riozinhos

Quando o céu de azul todo se veste

É orquestra de insetos e cascatas,

É o vento que embalança a cabeleira,

É o ninho, moradia derradeira

Da estrela que se perde sobre as matas"


Sertão


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